terça-feira, 24 de junho de 2014

BARROCO BRASILEIRO

O Barroco brasileiro desenvolveu-se do século XVIII ao início do século XIX, época em que na Europa esse estilo já havia sido abandonado.
O barroco brasileiro varia de uma região para outra. Nas regiões que enriqueceram com a mineração e o comércio de açúcar – Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia e Pernambuco –, encontramos igrejas com talhas douradas e esculturas refinadas, feitas por artistas de renome. Já nas regiões onde não havia açúcar nem ouro – como São Paulo –, as igrejas apresentam trabalhos modestos de artistas menos experientes.

Expressões do Barroco Brasileiro
Profundamente ligado à religião católica, o Barroco brasileiro está presente, até hoje, em inúmeras igrejas construídas por todo o país. Mas está também em muitas outras construções, como prédios públicos, moradias, chafarizes (Construções que fornecem água à população ou servem de ornamento; fontes).

A escultura complementando a arquitetura
As talhas – ornamentos esculpidos em madeira, mármore, marfim ou pedra – são muito presentes nas igrejas barrocas brasileiras. Aparecem em altares, arcos, tetos e janelas, recobrindo praticamente todo o interior da construção. Podem ter motivos florais, figuras de anjos, espirais; enfim, formas que sugerem movimento e quebram a monotonia das linhas retas. As de madeira, com várias cores, são chamadas policromadas. As mais vistosas, porém, são as douradas, revestidas por uma fina película de ouro. Em algumas igrejas, a talha se combina com a pintura, como na igreja de São Francisco de Assis, em Ouro Preto.

Azulejos, mais que decoração
No século XVIII eram comuns grandes painéis azuis e brancos com cenas religiosas, figuras mitológicas ou, ainda, cenas históricas ou da literatura, formadas pela junção de muitos azulejos. Mais que um simples elemento decorativo, essa era uma forma de a Igreja Católica transmitir, à população de maioria analfabeta, mensagens religiosas e histórias bíblicas. Na imagem, observe a cena que representa a ideia escrita em latim no alto do painel: “Pela concórdia, o povo é invencível”. Note como temos a impressão de profundidade, com algumas figuras em primeiro plano; outras mais atrás; e outras, ainda, mais afastadas. Veja também as molduras de azulejo do painel: parecem as colunas e as partes mais altas das fachadas das igrejas barrocas.

O Barroco do Rio de Janeiro
O Rio de Janeiro só viria a ter destaque econômico e cultural com o início da extração do ouro em Minas Gerais, no século XVIII. Com seu porto, a cidade passou a centro de intercâmbio entre a região da mineração e Portugal. Em 1763, tornou-se a nova capital do país. A partir daí, foram erguidas muitas construções.
A escultura barroca do Rio de Janeiro contou com artistas portugueses e com um brasileiro em especial: Mestre Valentim (1750-1813), tão respeitado quanto Antônio Francisco Lisboa, nosso artista barroco mais conhecido e admirado. Mestre Valentim foi também paisagista, mas suas obras mais bem preservadas são as que fez para igrejas.

O Passeio Público
Em 1783 foi inaugurado no Rio de Janeiro o Passeio Público. Sua concepção seguiu a ideia, comum na Europa, de que um jardim, com ruas, lagos, fontes, bosques, esculturas e pavilhões, representaria a natureza controlada e organizada segundo a razão humana. Mestre Valentim projetou o Passeio Público e esculpiu muitas das obras ali expostas. O portão é trabalhado em ferro fundido: linhas curvas e retas lembram flores e figuras geométricas. No alto do portão, há uma espécie de medalhão com as figuras dos reis de Portugal. Observe os dois jacarés esculpidos em bronze na Fonte dos Amores. As duas figuras parecem prontas a executar um movimento.

O Barroco mineiro: tem início uma arquitetura brasileira
A arte barroca em Ouro Preto
A evolução da arquitetura mineira não foi rápida. Primeiro tentou-se utilizar a técnica construtiva paulista da taipa de pilão¹. O terreno mineiro, porém, é duro e pedregoso, pobre em terras argilosas. Mais tarde tentaram-se outros processos até chegar às construções com muros de pedra.
Com o tempo, as diversas técnicas de construção foram combinadas harmoniosamente com a rica decoração interior. Essa integração teve seu auge em Minas Gerais, com Antônio Francisco Lisboa (1730-1814).
Na pintura do Barroco mineiro destaca-se Manuel da Costa Ataíde. Sua pintura nos forros de igrejas revela excepcional domínio da perspectiva.

O principal escultor do Barroco do Brasil
Além de arquiteto e decorador de igrejas, Antônio Francisco Lisboa foi escultor. Existem inúmeras obras suas em museus e igrejas, principalmente em Ouro Preto. Mas é a cidade de Congonhas do Campo que abriga seu mais importante conjunto escultórico.
Na ladeira à frente da igreja foram construídas seis capelas, três de cada lado. Em cada uma delas, um conjunto de estátuas de madeira em tamanho natural narra um passo da paixão de Cristo.

¹ Técnica comum no Brasil que consiste em erguer paredes com blocos de barro comprimido dentro de uma forma de madeira denominada taipal.


TRABALHO AVALIATIVO

ATIVIDADE: Escolher dois destes artistas do Barroco brasileiro e pesquisar sua vida e obra: (colocar no portfólio)
·       Antônio Francisco Lisboa;
·       Manuel da Costa Ataíde (Mestre Ataíde);
·       Mestre Valentim;

·       Frei Jesuíno do Monte Carmelo.

ARTE GREGA



ESCULTURA – Aproximadamente no fim do século VII a.C. os gregos começaram a esculpir em mármore grandes figuras masculinas. Na Grécia, a arte não tinha função religiosa, como no Egito. Começaram então, a desenvolver esculturas novas e que representasse o movimento. Ex. Kouros, Efebo de Crítios, Discóbolo de Míron e Doríforo de Policleto.

ARQUITETURA – As construções que se destacam na arquitetura grega são os templos. Sua finalidade foi proteger das chuvas ou do sol excessivo as esculturas de deuses e deusas. O templo era construído sobre uma base com três degraus: a coluna e as paredes do templo eram erguidas sobre o mais elevado deles. O conjunto formado pelas colunas e pelas estruturas a elas ligadas obedecia a dois modelos: o da ordem dórica e o da ordem jônica. A cobertura dos templos era constituída de dois telhados altos no centro e inclinados para os lados. Essa posição do telhado, tanto na entrada do templo como no fundo, criava um espaço em forma de triângulo – o frontão -, que era ornamentado com esculturas.
  
PINTURA EM CERÂMICA Os vasos gregos, ou ânforas, são famosos pela beleza da forma e pela harmonia entre desenho, cores e espaço utilizado para a ornamentação. Eram usados em rituais religiosos e também para armazenar água, vinho, azeite e outros alimentos. As pinturas representavam cenas da mitologia grega e de pessoas em suas atividades diárias.


ESCULTURA NO PERÍODO HELENÍSTICO – No século IV a.C., Filipe II, rei da Macedônia, dominou a Grécia. Ao morrer, foi sucedido pelo filho, Alexandre Magno, que construiu um gigantesco império: manteve o domínio sobre a Grécia e conquistou a Pérsia e o Egito. Com sua morte, o império dividiu-se em vários reinos nos quais se desenvolveu uma cultura semelhante à grega – daí ser chamada de HELENÍSTA. A escultura desse período apresenta características bem diferentes da dos períodos anteriores. Uma delas é a tendência de expressar, sob forma humana, ideias e sentimentos, como paz, amor, liberdade, vitória, etc. Outra é o início do nu feminino. A grande novidade da escultura do período helenístico, entretanto, foi a representação de grupos de pessoas, em vez de apenas uma figura.


ATIVIDADES:

1)    Em uma folha A4, desenhe um vaso ou ânfora grega (ocupe bem a folha). Pesquise onde achar conveniente, depois pinte e coloque no portfólio. 
2)    Em outra folha A4, desenhe 3 faixas gregas. Se preferir, invente novos desenhos, ou baseie-se pelas faixas que você recebeu. Medidas: 25cm x 3cm cada. Pinte e coloque no portfólio. Não esqueça que a característica principal é a repetição das formas. 
3)    Em trios (3 pessoas), construa a maquete de um templo grego. Vocês precisarão de: Isopor, palitos de madeira com 20 ou 30cm de comprimento, cartolina ou folha Peso 60 para a cobertura, cola, régua, tesoura. Se acharem melhor, podem utilizar outros materiais. O templo deve ter no mínimo 40cm de comprimento, 20cm de largura e 20cm de altura. Não esqueçam de planejar, pensar nas proporções e de colocar os frontões.
4)Em trios ou quádruplos (3 ou 4 pessoas), façam uma pesquisa sobre a mitologia grega para                        um seminário de apresentações, onde serão avaliados os seguintes critérios: preparação do

seminário (apresentação), dinâmica de apresentação, domínio do assunto, conclusão). Fazer cópias para os colegas, se houver textos.