terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Vaticano conclui restauração de afresco de Rafael

Detalhe de afresco da Sala de Heliodoro, de Rafael, nos Museus Vaticanos 
O Vaticano anunciou nesta quarta a conclusão dos trabalhos de limpeza e restauração dos afrescos da Sala de Heliodoro, uma das obras mais importantes do pintor italiano Rafael Sanzio. "Desmontamos os últimos andaimes, os da parede que representa o encontro de León Magno com Átila. Agora a Sala de Heliodoro, a principal obra de Rafael, que dominava a técnica dos afrescos, poderá ser admirada", explicou Antonio Paolucci, diretor dos Museus do Vaticano, em declarações ao jornal da Santa Sé, L'Osservatore Romano.
O afresco, pintado entre 1511 e 1514, narra o triunfo da Igreja contra o paganismo e os bárbaros. A intenção era ilustrar o poder do papado como instituição da paz e a obra inclui figuras lendárias como São Pedro e São Paulo no céu, empunhando espadas. 
Importantes especialistas em restauração trabalharam para o Vaticano sob a direção de Paolo Violini, mestre-restaurador do Vaticano, que contou com assessores internacionais, como oprofessor alemão Arnold Nesselrath, historiador da arte e especialista em Rafael.
A obra é formada por um conjunto de quatro câmaras: Sala de Constantino, Sala de Heliodoro, Sala da Assinatura e Sala do Incêndio do Borgo. Foram decoradas a pedido de Julio II porRafael e seus colaboradores, que dedicaram quase 15 anos de trabalho, até a morte do pintor, em 1520.
Entre os afrescos restaurados está um dos primeiros noturnos da história da arte, conhecido como a Libertação de São Pedro do Cárcere, cujas tonalidades e claridade da lua têm sido amplamente estudadas ao longo dos séculos.
Considerado um dos grandes tesouros do Vaticano, o conjunto de afrescos começou a ser restaurado há 30 anos e provocou tanta controvérsia quanto a recuperação dos afrescos de Michelangelo na Capela Sistina.
Durante o processo, alguns restauradores vazaram à imprensa italiana detalhes curiosos sobrea maneira de o artista trabalhar, como os pequenos erros encontrados - entre eles, uma marca de mão na parede e uma mancha vermelha em um nariz.
Os Museus do Vaticano, que são visitados por mais de quatro milhões de pessoas por ano, até agora não divulgaram imagens dos afrescos restaurados. Também não se sabe o custo da restauração ou a identidade de quem pagou por ela. A restauração da Capela Sistina, concluída em 1999 depois de quase 20 anos, foi financiada por uma rede de televisão japonesa.

Fonte: veja.abril.com.br em 09/04/13

Vaticano vai monitorar eletronicamente suas obras de arte

Afresco 'A Criação de Adão', pintado por Michelangelo no teto da Capela Sistina, no Vaticano

O Vaticano anunciou nesta sexta-feira que irá implantar um sistema eletrônico para monitorar continuamente o estado de conservação das obras de arte de seus museus. Segundo informou o jornal italiano Il Corriere della Sera, a Santa Sé assinou um acordo de colaboração com aempresa de tecnologia italiana Enea, que permitirá "desenvolver as técnicas mais avançadas para a tutela de bens culturais".
O diretor dos Museus Vaticanos, Antonio Paolucci, considerou que, assim, tecnologia e arte se unirão em uma "excelente aliança". Por sua vez, representantes da empresa Enea consideraram a Capela Sistina -- acessível ao público como parte dos Museus Vaticanos -- como um exemplo concreto da aplicação de sua tecnologia.
Segundo a empresa, a partir de agora será possível realizar inspeções oculares da Capela, de noite e sem necessidade de montar andaimes para chegar às pinturas da estadia, a fim de não incomodar os visitantes. As explorações poderão ser feitas a 25 metros de distância e com intervenções diagnósticas mais rápidas, com detalhes de até uma frtecnologia vai atuar também na proteção e prevenção de danos às obras de arte dos museus durante seus possíveis transportes e mudanças.
ação de milímetro. A empresa de
Os Museus Vaticanos receberam, em 2012, cerca de 5,5 milhões de visitantes, um número que os situa atrás somente do Museu do Louvre de Paris, do Museu Britânico de Londres e do Museu Metropolitano de Nova York.

Fonte: veja.abril.br em 24/01/14